terça-feira, 21 de maio de 2013

Páscoa


Páscoa

No tempo da Páscoa era habitual (e ainda é) que o pároco se deslocasse a casa dos habitantes da paróquia levando um crucifixo a beijar; recordava-se assim a Paixão e a Ressurreição de Cristo, sendo simultaneamente desejadas Boas Festas. E é claro que, como os donos dessas casas queriam sempre obsequiar os visitantes oferecendo-lhes algo de comer (normalmente bolos e vinho), estes, caso não tivessem cuidado, arriscavam-se a chegar ao fim do dia com um razoável alegrete...
Quando a cruz regressava do Carregal, aonde o pároco, sacristão e comitiva a tinham levado, a fim de dar as Boas Festas, a população de Dornelas ia esperá-la à Portela; quando era levada ao Machial, era à Eira que o povo a ia esperar, sendo a sua chegada sempre anunciada pelo toque do sino. Dava-se então a imagem do Senhor a beijar aos presentes. O povo comparecia em peso e ajoelhava-se em duas grandes filas, a fim de a oscular enquanto eram entoados cânticos religiosos apropriados, designadamente a “Regina coeli” e a “Aleluia”.

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