terça-feira, 28 de maio de 2013

bogas de cima


Aqui é o clube de Bogas de Cima e no andar de cima é a extensão de saúde 

Janeiro de Cima

Em Janeiro de Cima, existe um grupo desportivo que se chama "Grupo Desportivo Tigres do Zêzere" ou "GDTZ".
Em 2004, o GDTZ participou no campeonato inter-aldeias e assim foram concorrendo e começando a fazer várias atividades e torneios.
Atualmente, durante o Verão fazem jogos e fazem equipas com a população de Janeiro de Cima e outras terras jogam.

Equipa 
Camisola (frente)


Inauguração dos Balneários
Construção do campo
Campo desportivo depois das obras

  Em Janeiro de Cima, também há outras atividades como a malha, o rolho, o xadrez, as damas, o ping-pong, o ténis e o basket.

bogas do meio mastro


Este é a tradicional queima do mastro.

bogas do meio peneda


Esta é onde se realizam todos os anos no Verão um dia de festa.

bogas do meio



Este são os bombos na festa de S. António .

Bolo de soda

Ingredientes
- 1 caneca de arroz
- 1 litro de água
- 1 litro de leite quente
- 50g de manteiga
- casca de meio limão
- 2 paus de canela
- 3 gemas
- açúcar qb
- sal qb
- canela em pó qb
Preparação
Leve ao lume um tacho com a água, o sal, a casca do limão, a manteiga e os paus de canela.
Quando a manteiga estiver derretida deite o arroz e deixe cozer nos mínimos até a água estar quase toda absorvida. De seguida vá colocando o leite aos poucos e mexendo lentamente. Deve continuar a ferver até o arroz estar totalmente cozido, mas inteiro.
Agora coloque o açúcar a gosto e mexa (prove para ver se o doce está do seu agrado) deixe levantar fervura e continue a mexer durante 3 minutos. Retire a casca do limão e os paus de canela.
Separe as gemas das claras dos ovos  e batas as gemas. Misture com as gemas batidas algumas colheradas de arroz cozido e mexa para que os ovos não esfiapem.
Deite a mistura no tacho mexendo sempre até engrossar mas sem levantar fervura.
Deite numa travessa e polvilhe com canela.

Sirva frio ou quente conforme o gosto.

bogas de cima



Esta é a nova junta de freguesia de bogas de cima.


praia fluvial de bogas do meio


Esta é mais uma foto da praia fluvial de bogas do meio


corrida de rolamentos bogas do meio


esta é a habitual corrida de rolamentos que se faz uma vez por ano no verão.

bogas do meio


Este é o símbolo da associação de Bogas do Meio

Receita da broa de milho


DORNELAS    DORNELAS



Ingredientes para 1 broa:


200gr de farinha de milho
200gr de farinha de trigo
1 saqueta de levedura seca
sal q.b.
água morna q.b.

Preparação:

Num recipiente junte as duas farinhas com o sal e o fermento. Vá acrescentando a água morna aos poucos e poucos até a massa se descolar das paredes da taça, mas sem se agarrar aos dedos.
Transfira a massa para a bancada e amasse bem durante alguns minutos.
Polvilhe um tabuleiro de ir ao forno com farinha e coloque aí a massa devidamente moldada em forma redonda, polvilhe com farinha e deixe levedar coberta com um pano.
Assim que a massa tiver dobrado de volume, leve a cozer em forno quente 200ºC até a broa estar cozida e dourada.



Bogas de Cima



Este e o símbolo da freguesia de bogas de cima.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Alcongosta


A FESTA DA CEREJA ESTÁ A CHEGAR!!!!!
 






























A festa da cereja já está muito perto, é já nos próximos
dias 7, 8, 9 e 10 de junho.
No decorrer da festa, encontrará cerejas, artesanato, cultura, gastronomia, musica, e muito mais.
Venha e divirta-se!!!
Conheça os nossos sabores e saberes!!!
Aproveite e disfrute!!!




EIS O CARTAZ DA FESTA:
 

terça-feira, 21 de maio de 2013

Igreja de Silvares (interior)

Igreja de Silvares (exterior)
Igreja de SIlvares no Natal


Este é o clube de São Martinho.






Este e o posto medico de São Martinho.



Esta é a antiga escola de São Martinho agora vota-se la.

campo de futebol

Foto: Disputei no campo de Futebol  e com as cores da Malhada Velha, alguns desafios de futebol no fim da década de 60 e inicio de 70. Senti emoção, em meados de Abril, passando junto, lembrei-me desses momentos e de muitos nomes, dos colegas de equipa e da população que nos vinha encorajar, jovens e menos jovens. Claro que no meu tempo de praticante não tinhamos este tapete. Parece extraordinario, mas é verdade. Parabéns e que continuem a utiliza-lo em confraternização. Sempre.
Eis alguns dos nomes que me lembro...

é neste campo que se realizam os jogos de futebol da malhada velha

O Natal

O Natal

  O Natal é a festa da família, todos se reunindo à volta da mesa a fim de conviver, comer alguns doces característicos desta data festiva (rabanadas, filhoses...) e festejar o nascimento de Jesus. Pouco antes da meia-noite as pessoas saem de casa a fim de assistir à missa do Galo... e antes de entrar na igreja ficavam um pouco a conversar com os amigos e a aquecer-se no tronco de Natal. É que, nessa noite era (e ainda é), usual aproveitar-se um tronco de árvore (se possível, de sobreiro, por demorar mais tempo a arder e produzir mais calor) o qual é colocado no adro da igreja e aí lhe é lançado fogo, aquecendo todos aqueles que iam assistir à missa.

O Antigo Lagar



 Este é o antigo lagar de Bogas de cima.
Aqui foi onde se fez muito do azeite para toda a população.
Agora encontra-se parado desde há muitos anos.
 

Fim do Ano

Fim do Ano
Uma semana depois (na noite da passagem do ano), é ainda habitual que alguns grupos de jovens (nos tempos antigos as raparigas não participavam) batam às portas, à noite, a fim de cantar as Janeiras, isto é, entoarem versos relativos à quadra do Natal e dos Reis.
É claro que tal era feito para que lhes fosse oferecida alguma dádiva (guloseimas e outros petiscos) que serviam para depois fazerem um convívio. É análogo à tradição mais citadina em que as crianças pedem o “Pão por Deus”, no dia 1 de Novembro, ao serão, ou do americano, entretanto deturpado, do Halloween, o dia das Bruxas.

O entrudo


O entrudo

Em Fevereiro festeja-se o Entrudo... E a forma muito particular que alguns dornelenses tinham de o celebrar consistia em “chorá-lo”: dois homens, ao princípio da noite de 2ª. para 3ª. feira de Carnaval, dirigiam-se aos montes sobranceiros — um ficava perto do cemitério e o outro na zona das belgas, ou mesmo no monte do Alqueidão (na outra margem do rio) — e munidos de funis, a servir de amplificador de som, começavam a falar um com o outro, em altos gritos, de maneira a que todo o povo ouvisse e começando em regra com a interpelação: “Oh! Companheiro!”. Nesse diálogo acusavam certas pessoas da aldeia de actos menos recomendáveis, que teriam sido praticados no decurso do ano, expondo-os assim à censura pública. O diálogo era interessante de se ouvir, pontuado por muitas exclamações e estribilhos, sendo que os visados eram, com certeza, os únicos a não achar graça! Terminava com a pergunta: “Mas isso é verdade?” Ao que o outro respondia: “É verdade e mais que verdade!” Tal costume tinha uma função moralizante pois ninguém desejava comportar-se de modo a, no Entrudo do ano seguinte, ser objecto de chacota pública.

Páscoa


Páscoa

No tempo da Páscoa era habitual (e ainda é) que o pároco se deslocasse a casa dos habitantes da paróquia levando um crucifixo a beijar; recordava-se assim a Paixão e a Ressurreição de Cristo, sendo simultaneamente desejadas Boas Festas. E é claro que, como os donos dessas casas queriam sempre obsequiar os visitantes oferecendo-lhes algo de comer (normalmente bolos e vinho), estes, caso não tivessem cuidado, arriscavam-se a chegar ao fim do dia com um razoável alegrete...
Quando a cruz regressava do Carregal, aonde o pároco, sacristão e comitiva a tinham levado, a fim de dar as Boas Festas, a população de Dornelas ia esperá-la à Portela; quando era levada ao Machial, era à Eira que o povo a ia esperar, sendo a sua chegada sempre anunciada pelo toque do sino. Dava-se então a imagem do Senhor a beijar aos presentes. O povo comparecia em peso e ajoelhava-se em duas grandes filas, a fim de a oscular enquanto eram entoados cânticos religiosos apropriados, designadamente a “Regina coeli” e a “Aleluia”.

Janeiro de Cima

Capela de S. Sebastião








Em Janeiro de Cima existem várias capelas em honra dos vários santos, estas são muito bonitas.








Mas também existem igrejas, a Igreja Nova e a Igreja Velha, como são carinhosamente tratadas.



Igreja Velha



Igreja Velha antes de recuperada


Este tratamento existe porque primeiro havia a Igreja Velha mas com o aumento da população foi necessário construir uma maior, a Igreja Nova, apesar de haver esta Igreja Nova, a missa do Domingo de Ramos é por tradição celebrada na Igreja Velha.



Ambas são muito bonitas e bem decoradas!


Igreja Nova

Pescarias do Rio

Pescaria do Rio

     
Note-se que no rio se faziam boas pescarias,especialmente nos meses de Agosto e Setembro, apanhando-se em regra bastante peixe o qual, na segunda opção, era depois dividido proporcionalmente por todas as pessoas que haviam tomado parte na mesma. Após os quinhões feitos e de se terem deitado as competentes “sortes”, cada qual levava a parte que lhe competia para casa onde se procedia à necessária estripação e lavagem do peixe. Aquele que se não comia fresco (que era a maior parte) era salgado e seco, constituindo desse modo uma boa provisão para o Inverno.
As variedades mais frequentes de peixe que se encontravam no Zêzere eram os barbos e as bogas havendo muitos jovens que se distraiam a apanhá-los, construindo para tal “cóvãos” e “guilritas”.           Os “cóvãos” eram feitos de vergas de salgueiro e assemelhavam-se a um cântaro. No fundo colocava-se uma rodela de cortiça (com um buraco) onde se fixavam as vergas mais fortes que serviam de suporte às mais finas. Na boca do “cóvão” colocava-se um objecto semelhante a um funil, também de verga, que terminava por um buraco formado por vergas em bico. No fundo do funil eram colocadas borras de azeite ou sebo que serviam para atrair os peixes durante a noite. Como estes tinham de avançar pelo funil naturalmente acabavam por entrar no “cóvão”, sem que lhes fosse fácil sair dali, dado que o buraco de entrada era estreito. Isto acontecia durante a noite e de manhã eram levantados os “cóvãos”; tirava-se a rolha do fundo e era despejado o seu conteúdo, constituído por peixes pequenos. Depois voltavam a colocar borras de azeite, a fim de o preparar para o dia seguinte.
As “guilritas” eram armações de verga, que se colocavam no meio de pequenos açudes, de forma a interceptar os peixes (pois estes têm tendência a subir a corrente e não a descê-la); constituíam um sistema de armadilha semelhante ao dos “cóvãos”, mas mais sofisticado... Note-se, no entanto, que apanhavam poucos peixes, e apenas na Primavera...
Acrescento que no restaurante de Dornelas encontram-se, em exposição na parede, alguns destes objectos que antigamente eram usados para a pesca.

Barroca do Zêzere

terça-feira, 14 de maio de 2013

Brincadeiras de Criança


Brincadeiras de Criança
No intervalo das aulas, no período entre as duas guerras, muitos destes jovens entretinham-se, a jogar à “pinha” e ao “lobo”, a brincar com o “arco” e o “pião” e ainda a caçar aves por meio de “lousas” e “abuises”, ou pescar peixes no rio usando “cóvãos” e “guilritas”.
As caçadas aos passarinhos eram sazonais. No fim do verão quando o milho já estava maduro criavam-se nele muitos “carneiros” (isto é, pequenos vermes brancos) que atraíam os “taralhões” (avezinhas migratórias pequenas que apareciam no fim do verão e que comiam os ditos vermes; eram semelhantes a pardais, mas menos agitadas que estes). Então eram armadas “lousas” para os apanhar, constituídas por uma laje de forma aproximadamente quadrada, apoiada num dos lados por três pauzinhos com “encarnas” (pequenas cavidades) que permitiam que aqueles se apoiassem uns nos outros e aguentassem a “lousa”, inclinada sobre um dos lados. Na ponta dum dos pauzinhos — a chamada “agulha” — que se projectava para debaixo da “lousa” era colocado um “carneiro” a fim de atrair os “taralhões”. Quando o pássaro tentava comê-lo provocava o desengate dos pauzinhos e consequente queda da “lousa”. É claro que o pássaro ficava sob a mesma...
As “abuises” eram feitas da seguinte forma: utilizava-se uma verga forte de salgueiro (a qual tem muita flexibilidade), sendo espetada na terra a sua ponta mais grossa. No lugar adequado (em função do comprimento da verga já referida) espetava-se uma outra verga, mais pequena, que se dobrava e fazia aderir ao solo permitindo que nele se prendesse um pauzinho, o qual segurava um pinhão, semente de pinheiro muito cobiçada pelos “brita-caroços” (aves conírostras, semelhantes a estorninhos ou pardais). Em volta do pinhão armava-se um laço corredio que, puxado para cima, pela verga grande do salgueiro, prendia a ave pelo pescoço, enforcando-a. Parece complicado mas, na prática, não o era: muitos pássaros foram apanhados desta forma. Também se usavam “costis” (ratoeiras) de madeira e arame.

Festa de São Miguel


Festa de São Miguel

No dia da festa de S. Miguel, em fins de Setembro, há missa na capela que lhe é dedicada. Nessa altura organiza-se uma procissão da igreja para a capela, situada ao cimo do povo, com o andor do Anjo; por altura da Ascensão, nas chamadas Rogações há procissões pelos campos em que se entoavam ladainhas; também se organiza-se uma procissão por ocasião da festa de Nossa Senhora das Neves, no início de Agosto. Na Quaresma também é organizado cortejos religiosos de índole popular, a recordar a Paixão de Cristo, intitulados “dos penitentes” e nos quais os peregrinos iam, geralmente, envolvidos em lençóis brancos e descalços. Note-se que, na 5ª. Feira Santa, durante as cerimónias da Semana Santa, é dada a absolvição aos penitentes; essas indulgências (ou perdões) é popularmente designados pelo termo “endoenças”.

A Cantiga da Roda

                        A Cantiga da Roda


Em finais da década de sessenta, Salazar já não se encontrava à frente dos destinos de Portugal, o interregno marcelista começara e uma época na vida da nação aproximava-se a passos largos do seu fim; mas para os dornelenses, perdidos no interior da Beira, muito longe dos centros de decisão e servidos por fracas vias de comunicação, tais acontecimentos pareciam muito distantes, como se pouco ou nada tivessem a ver com elas. A sua vida prosseguia sossegada... Subitamente a pacatez da aldeia foi quebrada pela chegada de um forasteiro, que – e isto causou estranheza – parecia mostrar interesse por velhas canções regionais, por melodias locais a que ninguém ligava a mínima importância. O seu nome era Michel Giacometti , etnomusicólogo francês de origem corsa, radicado havia cerca de dez anos em Portugal e que logo depois de chegar dera início a um exaustivo trabalho de recolha e gravação de música popular portuguesa. Com efeito, ao longo de três décadas, haveria de percorrer o país, de Norte a Sul, até às localidades mais remotas e esquecidas, recolhendo, de forma cuidadosa e perseverante, as genuínas expressões musicais do nosso povo, gravando centenas de cantigas e músicas tradicionais, dando assim origem àquele que é, ainda hoje, o mais completo levantamento da cultura musical portuguesa .
Mas não nos desviemos da narração... No decurso de uma pesquisa etnográfica que decorreu, de Agosto de 1968 a Outubro de 1970, nas Beiras Litoral e Interior, Giacometti passou, como já referimos, por Dornelas dando-se rapidamente conta da íntima relação que os habitantes locais partilhavam com o rio. Tratando-se de uma aldeia virada para o Zêzere, construída em torno dele, é natural que este rio, ao longo dos séculos, tenha fortemente regulado a vida dos seus habitantes. Se, por um lado, retiravam dele uma parte relevante da sua subsistência, por via das culturas nos lodeiros, por outro moldaram-no, por meio de presas (represas) e açudes, para que se adaptasse às suas necessidades. A água retida nestes era posteriormente utilizada para irrigação: permitia fazer mover rodas (ou noras) construídas em madeira de pinheiro, às quais eram adaptadas lateralmente tábuas que, pela força da corrente, impulsionavam o seu movimento. Nas mesmas rodas eram também colocados púcaros de barro, que recolhiam e conduziam a água até um tabuleiro de madeira, fixado na parte superior das mesmas. Aí a água era despejada seguindo por uma caleira (também de madeira) até uma levada de terra que a conduzia a uma presa, onde ficava armazenada. Dornelas possuía cerca de uma dúzia destas rodas ao longo do rio confinante e outras de menor dimensão no interior da freguesia, junto a poços e pequenos ribeiros. Foram estas últimas que impressionaram sobremaneira Giacometti, por serem movidas pela força humana: era habitualmente uma mulher (os homens, por serem mais fortes, encarregavam-se dos trabalhos mais pesados) que subia para a roda e, sob a pressão dos seus pés a fazia mover. Para quebrar a monotonia e a rudeza da tarefa, entoava horas seguidas uma cançoneta...
O repertório destas mulheres não se limitava a uma única canção ; mas Giacometti registou apenas uma, naturalmente designada por «Cantiga da Roda». Segundo o etnólogo francês: «Trata-se de uma bela melopeia modal, de um modalismo orientalizado pela presença do intervalo de segunda aumentada. Entoada por uma voz feminina (a tocadora da roda), tem a sua como que contrapartida diafonal na plangente melopeia da nora. A entoação nem sempre é segura, em consequência do penoso esforço físico exigido pela manobra.» A letra é a seguinte:
Ai, Borda d’Agua, Borda d’Agua,
Ai, Borda d’Agua, Santarém;
Borda d’Agua, Santarém...
Ai, vale mais uma Borda d’Agua
Ai, que quanto Lisboa tem.
Borda d’Agua, Santarém...
Ai, ó mar largo, ó mar largo,
Ai, ó mar largo, sem ter fundo;
Ó mar largo sem ter fundo...
Ai, vale mais andar no mar largo
Ai, que andar nas bocas do mundo.
Ó mar largo sem ter fundo...
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Pouco tempo depois de concluída a recolha, e em colaboração com o Maestro Fernando Lopes Graça, Giacometti publicou o disco «Beira Alta, Beira Baixa, Beira Litoral – Antologia da Música Regional Portuguesa», integrado numa colecção de cinco discos (os velhinhos LP – Long-Play – de vinil), editados pelos Arquivos Sonoros Portugueses, que os amantes da música tradicional passaram a conhecer como colecção da serapilheira (fig. 2), pois eram vendidos revestidos em bolsas de serapilheira de várias cores, revestimento esse que, apesar de estranho e árido ao toque, constituía uma fabulosa síntese dos seus conteúdos musicais.
Para a pequena história assinale-se que, na década de sessenta, a senhora Apolinária (Fig. 3), dona de uma bela voz, era considerada a melhor cantora da roda em Dornelas; no entanto a gravação foi efectuada pela D. Maria Trindade Baptista o que, segundo consta, lhe custou uma forte repreensão do marido por ter cantado para pessoas estranhas.
Poucos anos após a gravação desta música, em finais de Outubro de 1971, Dornelas passou a integrar a rede eléctrica nacional; rapidamente a irrigação dos campos começou a ser feita usando motores a dois tempos, que puxavam a água sem implicar esforço humano. As poucas rodas, que durante algum tempo perduraram, passaram a ser quase exclusivamente movidas a motor; e a cantiga da roda, testemunho dos tempos de outrora, só não foi esquecida devido à gravação efectuada em boa hora por Giacometti.
Este etnógrafo (também conhecido por, durante três anos, ter realizado para a RTP o programa «Povo que cantas») faleceu em 1990 tendo deixado um vastíssimo legado sob a forma de discos, livros e objectos próprios da actividade rural – muitos destes encontram-se no Museu do Trabalho, em Setúbal –, assim como uma colecção de arquivos sonoros, cancioneiros, obras de musicologia, filologia, literatura popular e instrumentos musicais por ele vendidos, ainda em vida, à Câmara Municipal de Cascais; esta câmara mais tarde instalaria este espólio no Museu da Música, situado na Casa Verdades de Faria.
Em 1998 os cinco discos da «Antologia da Música Regional Portuguesa» foram reeditados (fig. 4), o que proporcionou um «segundo alento» à canção da roda. Com novos arranjos da autoria do compositor Eugénio Rodrigues, vários coros de música clássica (mas com interesse pelas melodias folclóricas) passaram a integrá-la no seu repertório, nomeadamente os Coros Polifónico Eborae Musica e Ricercare. Refira-se ainda que um grupo intitulado «Chuchurumel», composto por César Prata e Julieta Silva, dedicado à divulgação da música da Beira Interior (com especial incidência sobre a da Beira Alta), a incluiu num seu álbum, editado no 1º semestre de 2005.
E quanto à famosa roda, sem a qual nada disto teria sido possível? Terminado o seu «tempo de vida», foi completamente esquecida?
Felizmente, não.
A exemplo do que sucede em Tomar que ostenta orgulhosamente – como cartão de visita – uma roda a recolher a água do rio Nabão, também Dornelas do Zêzere instalou uma, junto da actual piscina-represa (fig. 5) , próximo da placa com os versos «A minha aldeia», do jovem poeta Júlio Dias Nogueira, falecido em 1939, com 17 anos de idade. E não se ficou por aí: esta aldeia, que sempre se tem mantido fiel às suas origens, colocou duas rodas no, recentemente aprovado, brasão da freguesia, recordação de um passado, ainda não muito longínquo, num símbolo que fica para o futuro.


malhada velha padroeira



Padroeiro: Nº Senhora de Lurdes
A Malhada Velha é uma terra de gente genuína que saberá muito bem receber quem a visitar...

malhada velha casa dos cogumelos

Salienta-se a Casa do Cogumelo que foi implantada na antiga escola primária da aldeia.


Gastronomia; o bom maranho e cabrito assado são os principais pratos confeccionados.
Actividades económicas:
- Empreiteiros de obra: Gonçalves e Irmãos, construções Lda
- Estucadores: Gessibeira
- Serviços florestais: Agreste

malhada velha

esta simpática localidade, cheia de encanto com um povo trabalhador e capaz de receber os seus visitantes com muita amizade.
respira se ar puro por estas bandas, como podemos verificar Malhada Velha está rodeada de densa floresta   que nos faz sentir num paraíso de cores variadas que as encostas da montanha e as suas áreas cultivadas e  ajardinadas nos proporcionam 




Esta  simpática aldeia situa se numa das abas da serra da gardunha  na parte traseira da Maunça no Concelho do Fundão,

Receitas de Silvares


Burlhões/Maranhos

 Ingredientes:

  • Partes do Estômago da cabra. 
  • Febra de porco cortada aos pedaços.
  • Cabrito: 500 grs
  • Presunto/bacon: 125 grs
  • Chouriço: 150 grs
  • Cebola Picada
  • Serpão: q.b.
  • Hortelã: 3 folhas
  • Azeite: q.b.
  • Vinho Branco
  • Colorau: q.b.
  • Sal: q.b.
  • Arroz: 1 chávena

Preparação:

Leve ao lume um recipiente com água a ferver na qual deve ir mergulhando o bucho, raspando-o com uma faca de cada vez que é retirado da água até que fique completamente limpo. Tenha o cuidado de não prolongar as imersões para não cozer o bucho. Depois mergulhe o bucho em água fria. Com uma tesoura corte-o em 5 bocados e coza-os com linha e agulha, dando-lhes uma forma de saco. Pique miudamente a carne, o chouriço, o presunto e a hortelã, temperando com vinho branco. Ao picado das carnes, junte o arroz cru, lavado e escorrido. Depois encha cada um dos "sacos" feitos com o bucho. Depois de cheios os "sacos" deve cozer as aberturas. Os buchos, depois de recheados, são cozidos em água e sal ou de preferência em caldo de carne. Quando os sacos tiverem cheios devido à cozedura do arroz, espete o bucho com um garfo várias vezes para verificar se as carnes estão cozidas. Quando o garfo penetrar bem, retire os maranhos da água e sirva-os numa travessa.



Peixinhos da horta


Ingredientes:

  • Feijão verde
  • Sal
  • Farinha 
  • Ovos

Preparação:
Coze-se ligeiramente o feijão com sal, faz-se uma polma com farinha, ovos e água. Tempera-se com sal e embebe-se o feijão na polma e vai a fritar.



Bolos de leite


Ingredientes:

  • 12 Ovos
  • 1L de leite
  • 1kg de açúcar
  • Farinha q.b
  • 1 Colher de chá de sal
  • 1 Pitada de sal
  • 1 Pitada de soda

Preparação:
Unta-se um tabuleiro com óleo ou azeite, depois da massa já amassada dá-se forma aos bolinhos com as mãos, dispõem-se sobre o tabuleiro e com um pincel passa-se ovo batido por cima dos bolos, um pouco de açúcar e vai ao forno.


Pão-de-ló

Não havia em Silvares casamento que não tivesse pão-de-ló

Ingredientes:


  • 22 Ovos
  • 500g farinha
  • 500g de açúcar
Preparação:
Os ingredientes são todos muito bem misturados, metidos dentro de uma forma com uma folha de papel vegetal e levado ao forno.


Fonte: http://www.jf-silvares.pt/index.php visite este site :)
Faça as receitas aqui propostas e disfrute de um momento maravilhoso :)