quarta-feira, 17 de abril de 2013

Alcongosta

HISTÓRIA DE ALCONGOSTA

«Alcongosta é uma das freguesia do concelho do Fundão, no distrito de Castelo Branco e dista da sede concelhia cerca de 4 quilometros; o seu orago é Nossa Senhora da Anunciação, celebrada todos os anos no segundo Domingo de Setembro.
Alcongosta é um interessante topónimo, pois ao nome de origem latina "congosta", que deriva do baixo-latim "canal angusta", significando "canal estreito", foi acrescentado do prefixo árabe "al-". Este topónimo existiu também como "Congosta", tendo sido desta forma registada a freguesia nos finais do século XIII, nas Inquirições de D. Dinis; assim, a natureza do topónimo desta freguesia dá a entender que a designação de Alcongosta é anterior à Nacionalidade, sendo devida às populações moçarábicas, assim se explicando o artigo "al-". Esta região onde se insere a freguesia é arqueologicamente bem documentada, existindo desde vestígios materiais de povos pré e proto-históricos, a fortificados castrejos e edificações dolménicas. Situada em plena Serra da Gardunha e protegida pelos cumes vizinhos que forneciam fácil defesa e abrigo às populações primitivas, a freguesia de Alcongosta foi repovoada nos finais do século XII, juntamente com Covilhã, em cujo termo se situava, embora não se tratasse de um repovoamento efectuado por este concelho, visto que Alcongosta foi desde cedo honra que não fazia foro à vila nem à coroa. As Inquirições de 1290 afirmam que neste ano a aldeia de "Congosta" que fora sempre trazida por honra, era então de vários fidalgos: D. Lourenço Soares, D. Urraca, João Esteves e a Ordem do Templo. Esta honra foi considerada legítima por D. Dinis que ordenou que assim se conservasse.
De facto, nas Inquirições de 1395, D. João I, demarcando o reguengo de Alcambar, deu-lhe por limite, em certa parte, a localidade de Alcongosta que ainda naquela época não aparecia reguenga. A sua instituição paroquial deve remontar ao século XIII, sob o padroado real .
Os motivos de interesse da freguesia são vários, desde o património cultural e edificado de que é dotada.
Uma das curiosidades desta povoação foi a "Árvore Gigante de Alcongosta" que morreu por volta de 1920: toda a encosta da freguesia era, em tempos, revestida por enormes castanheiros; contudo, aquele se destacou. Era também conhecido por "Castanheiro Grande", o seu tronco media 18 metros de perímetro e a copa 20 metros de diâmetro. Apesar de já não existir, ficou imortalizado na magnífica obra de Sousa Pimentel: "As árvores gigantes de Portugal".»


Fonte: Resumo Histórico para os Símbolos Heráldicos

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